quarta-feira, 12 de agosto de 2009

O Aquário a meus pés!



Hoje passei a manhã na praia dos Galapos > Arrábida. E a minha sereia/filhota anda apaixonada pelo mundo submarino, só quer ir "ver uns peixes" e mergulhar... Espantosamente com 1m de profundidade a vida marinha já é abundante. Dei uma volta em apneia (sem fato, o que pode significar apenas alguns minutos submerso) e vi inúmeros cardumes de peixes, desde tainhas, a sarguetas, peixes-agulha, salemas, entre outros.
O balanço foi mesmo surpreendente.
É certo que o Parque Marinho Luiz Saldanha foi um óptimo passo para a conservação desta zona da costa portuguesa.
É óbvio que temos de proteger e aumentar as zonas marinhas classificadas em Portugal. Quanto a isto ninguém tem muitas dúvidas, desde os utilizadores, profissionais ou lúdicos, passando pelos políticos e acabando nos cientistas!
A "ferramenta", Parque Marinho, é útil, e necessária. A minha dúvida sobre esta matéria é apenas se: quem a governa, a sabe usar, quer na "força certa", quer com o jeito necessário. Pois usar uma chave de fendas (Parque Marinho) num parafuso (costa sem peixe) sem habilidade e com força despropositada não dá certamente bom resultado (população e utilizadores revoltados).
E facilmente se cai no estigma da Reserva = Proibição!
Os efeitos da zona protegida na Arrábida são óbvios, mais peixe, mais perto da costa, maiores exemplares, espécies esquivas cada vez mais visíveis, etc. Penso que, a forma como foi implementado o Parque Marinho Luiz Saldanha não foi a melhor, quanto à sua divulgação e respectivo ordenamento.
A sereia observa os sargos a comer o que os meus pés levantam do fundo de areia. Um choco com 3 cm, que muda de cor várias vezes tenta esconder-se na areia clara. Parece um aquário...

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