sábado, 1 de janeiro de 2011

2011 - Ano de desafios...

AEFONA2010
VI Festival de Fotografia de Natureza de Espanha - Madrid AEFONA 2010
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Aí está 2011. Será um ano de desafios, de novas abordagens, de alterações profundas para muitas pessoas. Para muitos portugueses são mudanças bem mais drásticas do que gostariam. A "saúde" da nossa economia, e principalmente a mudança de paradigma vão ditar muitos dos novos comportamentos que teremos de adoptar nesta nova década.
No domínio da fotografia de natureza, teremos já no início do ano um bom evento para testar essa nova atitude da comunidade de fotógrafos, que trabalham, ou apenas desfrutam no mundo natural. O I Encontro de Fotografia de Natureza que irá decorrer em Vouzela em 29 de Janeiro será um bom momento para todos aqueles que gosta desta temática, irem aprender sobre o tema. E quando digo aprender, falo em todas as vertentes, desde os que mostram trabalhos, apresentações, projectos notáveis, até aos que poderão apresentar imagens mais banais, conversas menos emocionantes, etc. Tanto se aprende com o "bem feito" como com o menos "bem feito"!... O painel de oradores é vasto e os temas bastante variados. Muitas das imagens a apresentar serão inéditas.
Quando no final do ano dei duas conferências em Madrid, no VI Festival de Fotografia de Natureza de Espanha (AEFONA) e recebo a pergunta... "Como é a fotografia de natureza em Portugal?", fiquei ligeiramente desapontado. Anos antes e no arranque do projecto Wild Wonders of Europe, senti o mesmo, isto é, a fotografia, os fotógrafos portugueses além fronteiras são praticamente desconhecidos. Em 2010, esse cenário sofreu uma ligeira melhoria, mas no geral e no panorama internacional, a fotografia de natureza portuguesa é praticamente desconhecida.
E muitos poderão perguntar porquê?
Rapidamente e em poucas linhas, ocorre-me dizer que: Não desenvolvemos trabalhos de fundo, com abordagens inovadoras, estilos distintos. Participamos muito pouco em concursos internacionais de fotografia de natureza de grande prestígio. Não há trabalhos de continuidade, com dimensão, com profundidade. E participamos muito pouco em eventos de fotografia (Festivais) além fronteiras.
É certo que há pessoas que fazem tudo isto que acabei de escrever, mas são tão poucas, que praticamente não contam para a "estatística". Tudo é tão esporádico, pontual, que não faz regra, e como tal ficamos na ignorância geral...
Vouzela vai ser um bom barómetro para "sentir" a motivação, o empenho e a atitude de todos aqueles que, pelo espaço cibernaútico e nas mesas do café, se "apresentam" como grandes praticantes, exímios executantes e activos produtores de trabalhos fotográficos de natureza.
Estou curioso para ver o volume de audiencia em Vouzela...

1 comentário:

Francisco Calado disse...

É uma realidade.......!

Abraço

F. Calado